A freguesia de Cubalhão, localizada na mancha montanhosa e planáltica de Melgaço, dista a dez quilómetros da sede do concelho. Confronta com S. Paio, a norte, Paderne, a norte e poente, Lamas de Mouro, a nascente, Parada do Monte, a sul, e Cousso a poente. É composta pelos seguintes lugares principais: Orjãs, Cortelhas, Cubalhão de Cima e Cubalhão de Baixo.
Era curato de apresentação do convento de Paderne e passou a vigairaria. Pertenceu ao concelho de Valadares, extinto em 24 de outubro de 1855.
Com um habitat muito arcaico, onde vicejam bolsas de flora antiga, dos seus altos desfrutam-se belíssimas panorâmicas sobre os vales do rio Mouro e do Rio Minho.
Esta freguesia celebra, em grande festa, Nossa Senhora da Natividade, sua padroeira, no mês de setembro, o mês das colheitas.
Dicionário Enciclopédico das Freguesias: Braga, Porto, Viana do Castelo; 1º volume, pág. 423 a 439; Coordenação de Isabel Silva; Matosinhos: MINHATERRA, 1996
A freguesia de Parada do Monte, situada aproximadamente no centro geográfico do concelho, dista doze quilómetros da Vila. Confronta com Cousso e Cubalhão, a norte, Lamas de Mouro, a nascente, Gavieira (Arcos de Valdevez), a sul, e Gave e Riba de Mouro (Monção), a poente.
É composta pelos seguintes lugares principais: Aldeia Grande, Trigueira, Carrascal, Costa, Cortegaça, Casal, Tabuado, Chão do Bezerro, Pereiral, Lagarteira, Paço e coto.
De acordo com o padre Aníbal Rodrigues, o seu topónimo deverá indicar a existência de uma antiga via romana e do sítio onde os viandantes, a pé ou a cavalo, costumavam descansar depois de uma longa e difícil caminhada. De facto, praticamente nenhuma estrada romana deixa de ter na sua extensão os nomes que informam dos lugares nos quais os seus utentes retemperavam forças e aos animais substituíam as ferraduras – Parada ou Albergaria.
Foi vigairaria da apresentação do reitor de Riba de Mouro, no termo de Valadares. O reitor apresentava o vigário, colado, que tinha de rendimento cento e trinta mil réis.
Em Vale de Poldras, nos limites da velha paróquia, havia um couto, armado e defendido por Paio Rodrigues de Araújo. Em 1720, o couto era ainda registado, possuído pelo sexto neto do dito Paio, Manuel de Araújo Caldas, de Valadares. Tinha já perdido, todavia, a maioria dos seus antigos privilégios.
Pertenceu ao antigo concelho de Valadares até á sua extinção, em 24 de outubro de 1855. Passou então a integrar o concelho de Melgaço.
A paisagem e o modo de vida estão definitivamente marcados pelos rios Mouro e Mourilhão, que atravessam a freguesia. É uma beleza natural, digna de ser admirada, mas resulta também num forte contributo para o enriquecimento destas terras férteis em milho e batata, em pinhais, santuário de vegetação rasteira, como a urze ou a carqueja, e onde a matança da rés é a fartura das mesas do povo.
Segundo o padre Carvalho, “nestas montanhas, onde há muita caça e veação”, aqui se fazia o melhor burel das ovelhas galegas de todo o mais reino, donde é muito procurado, para cobertas de camas de lavradores, ou criados, e ainda de muitos nobres para as meterem entre cobertores, é muito branco, grosso e macio.
De algum interesse arquitetónico, merecem referência a igreja paroquial, do século XVIII, sem estilo definido, e um conjunto de alminhas, resguardadas por grades de ferro, onde os fiéis depositam as suas dádivas, especialmente constituídas por espigas de milho.
Um dos orgulhos das gentes de parada do Monte é o seu Grupo de Gaiteiros, único em todo o concelho.
Dicionário Enciclopédico das Freguesias: Braga, Porto, Viana do Castelo; 1º volume, pág. 423 a 439; Coordenação de Isabel Silva; Matosinhos: MINHATERRA, 1996
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